Comentário:
A felicidade é real e é passível de ser alcançada. Mas qual o caminho para isso? Se não ficou implícito até agora, então que se explicite ser condição para todos terem a oportunidade de serem felizes a criação de condições sociais para tal. Pois como ter uma vida plena sendo obrigado a trabalhar 10-12 horas por dia e vivendo na miséria? Solução: Revolução Socialista. Mas além disso: nem sermos ovelhas que passivamente aceitamos toda e qualquer coisa não importando quão oneroso seja para nós, e nem sermos ingênuos obstinados: tão insistentes em esmurrar pontas de faca, quase como se houvesse não ingenuidade, mas um prazer masoquista em errar tantas vezes. Pois há coisas que estão passíveis de serem mudadas, dependendo apenas de nós para tal, enquanto há outras que não podem, e ainda outras que até podem modificadas, embora a maior parte da humanidade provavelmente não deseje isso. Este último tipo fica bastante claro ao nos debruçarmos sobre a questão ambiental agora em 2018: a humanidade já deu provas o suficiente de que tem a capacidade de mudar a correlação de forças da Natureza (pois é parte dela), de tal maneira que outros entes que nela existem fiquem fortes o bastante para colocar em risco a própria existência humana. O que é interessante, pois a intenção inicial em promover o avanço da Técnica às custas do meio ambiente era justamente aumentar a Potência de Agir do 1% da humanidade. Agora há indícios sérios de que tal devastação pode colocar em risco a existência de não apenas os 99% com os quais o 1% não se importa, mas os 100%. Isto é: se tudo é uma questão de correlação de forças, sábios são aqueles que sabem até onde podem agir.
A citação colocada na música está na última página (ou nas duas últimas páginas, dependendo da edição) da segunda parte do livro “Ética”, de Baruch Spinoza.

Commentary:
Happiness is real and it is able of being reached. But what is the path towards it? If it wasn’t implicit so far, then may it be explicited that a condition for everyone to have the opportunity to be happy is the creation of social conditions for such. For how to have a fulfilled life being obliged to work 10-12 hours per day and living in misery? Sollution: Socialist Revolution. But besides: neither should we be sheep who passively accept every and any thing not mattering how costly it is for us, nor should we be hard-nosed naïve people: so insistent driving blindly through dead-end roads, almost as if it wasn’t naïveté, but a masochistic pleasure in making so many mistakes. For there are things that may be changed, depending on us for such, while others may not, and others that may even be changed, even though the majority of humanity probably doesn’t desire it. This last point becomes very clear when taking a look at the environmental matter now in 2018: humanity has already given enough proof that it has the capacity of changing the balance of power in Nature (for humanity is part of it), in such a way that other beings that exist in it get strong enough to put the very own human existence at risk. Which is interesting, because the initial intention in promoting the advance of the Technique at the cost of the environment was exactly boosting the Power of Acting of the humankind’s 1%. Now there are serious evidences that such a devastation may put at risk the existence of not only the 99% with which the 1% doesn’t care about, but the 100%. That is: if everything is a matter of power balance, wise are the ones who know the limits of their actions.
The quotation put in the song is on the last page (or on the last two pages, depending on the edition) of the second part of the book “Ethics”, by Baruch Spinoza.